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Mário Semedo e Elizeu Cardoso disputam liderança da FCF: Paulo Santos justifica apoio ao actual líder da Federação e Joel Barros ao Presidente do Conselho Nacional Arbitragem

Mário Semedo e Elizeu Cardoso disputam liderança da FCF: Paulo Santos justifica apoio ao actual líder da Federação e Joel Barros ao Presidente do Conselho Nacional Arbitragem Sede da Federação de Futebol - Praia

A Federação cabo-verdiana de Futebol estará reunida em Assembleia Geral no próximo dia 10 de janeiro, reunião na qual as Associações terão a responsabilidade de escolher através do voto, os corpos gerentes para o período 2026-2030. Na corrida estão o presidente da FCF, Mário Semedo que busca a reeleição e o presidente do Conselho Nacional de Arbitragem, Elizeu Cardoso.   
O actual presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol anunciou a sua recandidatura numa conferencia de imprensa realizada no passado 17 de novembro, na qual informou que avançaria numa lista com apoio e inclusão do presidente da Associação de Futebol de Santiago Sul, Mário Avelino Donay.
Semedo disse na altura, que voltou a entrar na corrida eleitoral devido aos grandes compromissos como o Mundial e CAN Feminino de 2026.
`` Os interesses de Cabo Verde falaram mais alto, por isso assumo mais esta candidatura que é reforçada com Mário Avelino Donnay, que decidiu abdicar-se da sua candidatura para fundirmos as duas listas numa equipa e trabalhar com as nossas experiências em prol do futebol.  Nesta altura e face a esses eventos, não deveríamos largar o barco, mas sim assumir responsabilidades, realçou.
 

Por sua vez, o antigo árbitro assistente internacional de presidente do Conselho Nacional de Arbitragem, Álvaro Eliseu Cardoso afirmou que decidiu avançar para as eleições na FCF com o objectivo de continuar a servir o futebol cabo-verdiano. A decisão, explicou, surgiu após o actual presidente da Federação, Mário Semedo, ter anunciado, na comunicação social e confirmado na Assembleia-Geral em julho último, que não seria candidato a um novo mandato.
Acrescentou que, “com o apoio das Associações, foram trabalhadas ideias e projectos bem definidos”, razão pela qual não vê motivos para desistir, tendo já formalizada a candidatura junto da Comissão Eleitoral para as eleições de 10 de janeiro.
Apoios às candidaturas
Paulo Santos, membro da Comissão Executiva e que era pré-candidato, afirma que apoia Mário Semedo por reconhecer nele capacidade e todo o bom trabalho feito na gestão da FCF.
“Devo dizer que apoio em primeiro lugar, pelo percurso, o momento e sobretudo, pelo projecto. Penso que o projecto do futebol cabo-verdiano  e onde nós estamos não se trata algo de pessoas, mas sim da nação, por isso entendo que o futebol nacional está acima de pessoas e das vontades pessoais. Efectivamente eu tinha me predisposto a ser candidato caso o Mário Semedo não se candidatasse. Estava há já algum tempo a trabalhar nesse processo, mas a partir do momento em que ele resolveu concorrer e continuar a levar projecto ao CAN Feminino e ao Mundial, era de bom senso   fazer marcha atrás na minha pretensão, decidindo apoia-lo nesse percurso. Estou na equipa dele, esperemos que ganhe, para continuar o processo e possamos ter uma boa preparação e culminar com uma boa participação nos dois grandes eventos que as nossas Seleções estão inseridas, afirmou.

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Paulo Santos - Foto página  facebook 

Falando à Cvsports Jogo Limpo, Paulo Santos disse ainda, que boa parte das ações que o actual presidente tem na sua plataforma estão em sintonia com o que tinha delineado no seu projecto em relação ao futuro do futebol em Cabo Verde, como “ o reforço da actividade interna do futebol em relação à capacidade e  gestão dos clubes, das Associações, na melhoria das ações de arbitragem sobretudo na questão de formação e financiamento e também no reforço das Seleções, por isso decidimos continuar juntos e levar o projecto para frente”.
Ao ser abordado se uma possível alteração na liderança da Federação poderá afectar na organização e preparação para o Mundial, Santos disse entender que caso isso acontecesse, pode sim causar algumas dificuldades.
“ Quem disser ao contrário estará a faltar a verdade. Neste momento existem ideias, conceitos e processos devidamente em andamento, obviamente se vier uma alternância, uma boa parte do processo   implicará  mudança dos actores e de visão .Temos já uma equipa a trabalhar no processo que não é fácil devido a pouca gente, daí na minha opinião,  penso que qualquer mudança  irá introduzir dificuldades certamente, mas se democraticamente acontecer alteração da equipa directiva  temos que aceitar, mas do meu ponto de vista poderá causar ruídos”, concluiu Paulo Santos. 
Enquanto isso, Joel Barros também membro da Comissão Executiva da FCF, apresenta as razoes que o levam a apoiar e fazer parte da equipa liderada por Eliseu Cardoso.
“ Em primeiro lugar importa clarificar um aspecto  essencial que é  revelador  da nossa responsabilidade … eu,  mais o  Eliseu e outros colegas há um ano atrás  face ao anuncio do actual presidente  embora não de forma oficial, de que não iria se candidatar… começamos a preparar o nosso projecto discutindo com as Associações regionais e os dirigentes, da melhor estruturação do futebol em Cabo Verde. A nossa posição ganhou corpo quando o presidente da Federação formalmente, primeiro no dia 18 na Comissão Executiva e depois no dia 19 de Julho deste ano na Assembleia geral, oficializou a sua decisão em não se recandidatar. Nós de forma responsável e tranquila decidimos exercer um direito que temos como cidadãos, gentes do futebol e dirigentes, no sentido de dar corpo ao projceto que tem como base o reforço na melhoria das condições do futebol nacional e das Seleções. O nosso projecto não é contra ninguém e não se resume apenas ao Mundial, mas sim, trata-se de um projecto de 4 anos para o desenvolvimento do nosso futebol”, defendeu.

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Joel Barros -Fogo página facebook

Perguntado se a alteração no xadrez directivo da Federação teria impacto pela negativa na preparação das Seleções para o CAN Feminino e o Mundial, Barros diz que essa narrativa é falsa, portanto no seu entender, não se justifica.
“Nós consideramos que isso é uma chantagem emocional. Temos a plena consciência do momento alto que o futebol cabo-verdiano vive do ponto de vista da qualificação para esses dois grandes eventos a nível de Seleções. Em nome da nossa candidatura reafirmo aqui que não haverá nenhuma alteração nas estruturas na preparação para o CAN Feminino e o Mundial. Estamos a falar de uma eleição para os novos órgãos directivos, não estamos a falar na mudança do treinador e nem dos jogadores, portanto essa é uma linha discursiva falsa que se está a querer passar em como vai começar tudo de novo.  Somos responsáveis e gente que conhece o futebol e que quer dar o  contributo ao seu desenvolvimento, por isso em caso de vitória da nossa lista, nada será alterado na estrutura das Seleções, embora como é natural, se poderá fazer ajustes com obejctivo de reforçar ainda mais o trabalho”, finalizou Barros.

Cvsports Jogo Limpo

 

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