Basquetebol: Presidente da Federação rejeita acusações e denuncia “tentativa ilegal de tomada de poder”
O presidente da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol, Hélder Gonçalves, rejeitou hoje as acusações dos jogadores da selecção nacional e denunciou uma “campanha ilegal de desestabilização”, mas garantiu que continuará à frente da direcção até decisão judicial.
Após a carta aberta divulgada pelos atletas da selecção nacional, expressando “descontentamento e preocupação” com a actual gestão da Federação Cabo-verdiana de Basquetebol e denunciando falhas na preparação e participação em competições internacionais, a Inforpress contactou o presidente para obter uma declaração oficial da Federação.
Em declarações exclusivas, Hélder Gonçalves disse que elas não partem dos atletas, mas sim de pessoas “que querem tomar o poder à força”.
“Desde o início temos sido alvo de ataques constantes. Há um grupinho que está a tentar, de maneira ilegal, sabotar a direcção e criar uma imagem negativa. Mas estamos tranquilos, a trabalhar de acordo com os estatutos e a lei”, afirmou o dirigente.
Os atletas, em declaração divulgada no sábado, manifestaram “profundo descontentamento e preocupação” com a gestão da FCBB, denunciando falhas logísticas e financeiras na preparação para o Afrobasket.
Apontam falta de condições de treino, problemas de alojamento e ausência de ajudas de custo, dificuldades que teriam ocorrido nos estágios em Paris e Rio Maior.
O responsável rejeitou qualquer má gestão e explicou que as dificuldades logísticas enfrentadas pela selecção “não foram provocadas pela Federação”.
“A Federação não é uma instituição isolada. Dependemos de apoios externos e, infelizmente, houve atrasos em alguns financiamentos. Mas nunca deixamos de trabalhar nem de procurar soluções”, assegurou.
Sobre a saída de jogadores históricos, como Keven e Betinho Gomes, e as críticas do internacional Ivan Almeida, que apontam falta de valorização e respeito aos atletas, o presidente considerou que essas reacções “foram influenciadas” por pessoas interessadas em “criar instabilidade interna”.
“Essas saídas não têm a ver com a gestão da Federação. Foram alimentadas por quem quer tomar o poder. Continuaremos abertos a todos os jogadores dispostos a representar o país”, frisou.
Os atletas, por sua vez, manifestaram-se indisponíveis para futuras competições internacionais, enquanto a actual direcção se mantiver à frente da federação, exigindo uma investigação “exaustiva e transparente” às contas e à gestão da FCBB.
Hélder Gonçalves, contudo, garante que já decorrem contactos com os jogadores e acredita que a situação será resolvida nos próximos dias.
“A selecção é aberta a todos. Ninguém é obrigado a jogar, mas também ninguém será excluído. Acredito que, com diálogo e bom senso, tudo será reposto”, concluiu.
Com Inforpress



